As crianças normalmente batem muito a cabeça. Isso ocorre porque a criança ainda está com seu equilíbrio em desenvolvimento e a cabeça é proporcionalmente maior que outras partes do corpo quando comparamos com os adultos.
Na verdade, as quedas fazem parte do desenvolvimento da criança pois gera amadurecimento do equilíbrio e defesa da criança criando uma melhor adaptação do seu corpo ao espaço que esta ao seu redor.

O traumatismo craniano

Uma queda seguida de uma “batida” na cabeça pode ser chamada de traumatismo craniano ou traumatismo craniencefálico. A maior parte das vezes esse traumatismo gera alterações locais com edema e vermelhidão local ou escoriação. Pode-se gerar um “galo” que chamamos de hematoma subgaleal.

O mais importante é a observação nos momentos imediatos ao traumatismo.

Sinais de alerta

São exemplos de sinais de alerta o comportamento alterado, sonolência, vômitos, desvios do olhar, convulsões, perda de consciência, amnesia ou mesmo se a criança está bem e o traumatismo foi de grande intensidade.

Nesses casos a criança deve ser encaminhada imediatamente ao ambiente hospitalar para realização de uma tomografia de crânio.

A tomografia é o exame de escolha nesses casos e a partir da avaliação do exame o pediatra ou o neurocirurgião podem tomar as condutas mais adequadas. A maioria dos casos, mesmo quando há fraturas lineares do crânio e a criança não teve alterações neurológicas ou qualquer tipo de piora são de evolução benigna e não necessitam de cirurgia, por vezes observação clínica e orientação pela equipe médica.

Os traumatismos mais graves, em que a tomografia evidencia afundamentos da tabua óssea do crânio e hemorragias internas, devem ser avaliadas obrigatoriamente pelo neurocirurgião.

Dr. Daniel Cardeal

Links de interesse:

https://sbnped.com.br/pt/artigos/traumatismo/173-traumatismo-craniano-em-criancas

https://sbnped.com.br/pt/component/content/article/121-institucional/280-projeto-se-liga-no-cinto-2019-2021?Itemid=437

https://sbnped.com.br/pt/artigos/traumatismo/125-a-crianca-no-contexto-da-cultura-brasileira-de-violencia